O navio petroleiro Minerva Rita voltou a Manaus, após ficar encalhado no Rio Amazonas por 23 dias. Segundo o Ibama, o risco de contaminação das águas
O navio petroleiro Minerva Rita voltou a Manaus, após ficar encalhado no Rio Amazonas por 23 dias. Segundo o Ibama, o risco de contaminação das águas está descartado.
Ao retornar a Manaus, a embarcação atracou no Terminal de Refinaria no início da tarde de quarta-feira (27).
Antes, o navio permaneceu encalhado por 23 dias no Rio Amazonas, na Costa do Tabocal – região próxima ao município de Itacoatiara, a 270 km de Manaus (AM).
“Com sua retirada do leito do Rio Amazonas, a avaria no casco da embarcação deixa de ser uma ameaça de poluição”, destacou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Uma equipe técnica de Prevenção e Atendimento a Emergências Ambientais do instituto estava monitorando o navio desde 6 de dezembro, dois dias após o encalhe.
“Nossa preocupação foi com a possível contaminação de trechos do Rio Amazonas em caso de derramamento de combustíveis, por isso acompanhamos o caso de perto e notificamos a empresa responsável pelo combustível para nos informar diariamente a situação do navio”, afirmou o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo.
De acordo com o instituto, o Rio Amazonas é um bem da União. “No caso de sua eventual poluição, o Ibama poderia exercer algumas de suas competências, como o poder de polícia, a avaliação de impacto ambiental ou a fiscalização e aplicação de sanções administrativas ambientais ou compensatórias”, explicou o órgão.
Conforme a Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental, da Marinha do Brasil, o Minerva Rita foi autorizado a navegar no sentido Manaus. Na capital do Amazonas, o petroleiro deve fazer a retirada da carga.
A embarcação, que encalhou carregada com 18 mil m³ de nafta (subproduto do petróleo) e 8.499 m³ de gasolina, carrega bandeira liberiana, ou seja, da África. Após sofrer avarias no casco (rasgo), precisou fundear no dia 4 de dezembro, no Rio Amazonas.
A empresa responsável pela carga conduzida pelo petroleiro respondeu à notificação do Ibama e apresentou garantias ao instituto de que haviam sido tomadas as medidas necessárias de prevenção e suporte ao navio.
A equipe do Ibama esteve na Balsa de Apoio (Resposta) BT Miss Bella e constatou a presença de diversos equipamentos e mecanismos de resposta em casos de vazamento de combustíveis na embarcação fundeada.
Mergulhadores realizaram análises e confirmaram que a estrutura, que possui casco duplo, não teve vazamento de combustível. “O tanque do navio está a dois metros de distância da perfuração”, afirmou o Ibama.
Em reunião com o Ibama, no dia 14 de dezembro, a Capitania dos Portos disse que, apesar do rasgo no casco, com dimensões de 2 metros de altura por 6 metros de largura, o navio está em condições seguras para a navegação.
“Vistorias diárias no local, realizadas de 11 a 19 de dezembro, confirmaram a integridade da estrutura e a ausência de derramamento de combustível nos arredores. O navio permanece alinhado e não há indícios de danos significativos, apesar de o instituto ainda não ter conclusão definitiva”, finalizou o Ibama.
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