A Polícia Federal (PF) encontrou indícios de crimes de facilitação de fuga, além de dano qualificado durante o escape dos dois detentos da Penitenciá
A Polícia Federal (PF) encontrou indícios de crimes de facilitação de fuga, além de dano qualificado durante o escape dos dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 14 de fevereiro. Luz da área de saída desligada e uso de ferramentas mostram que os criminosos contaram com ajuda interna, segundo as investigações.
Além disso, a polícia identificou que o Comando Vermelho (CV) bancou uma rede de apoio aos fugitivos Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, de 34 anos, chamado de Tatu. Ambos são ligados à facção. A informação é da Folha de S.Paulo.
Um dos sinais que levam a polícia a crer que os bandidos contaram com ajuda interna é que dentro da cela e na laje sobre ela a investigação encontrou objetos de metal que teriam sido usados como ferramentas para retirar as luminárias. Um desses metais se assemelha aos vergalhões utilizados na reforma que estava em andamento no local.
E foi justamente pelo duto de manutenção que os criminosos acessaram o telhado do presídio e desceram pela parte externa do prédio. A partir dali, eles seguiram até o tapume da obra — onde havia ferramentas próprias para cortar a cerca por onde fugiram. Curiosamente, a área onde toda a cena ocorreu deveria estar iluminada, mas o poste havia sido desligado pelo disjuntor.
A investigação acredita que a ação dos fugitivos foi um trabalho sincronizado.
Rede de apoio do Comando Vermelho
A investigação da Polícia Federal revela ainda que o Comando Vermelho está bancando uma rede de apoio para ajudar os dois detentos com alimentação, bebidas, transporte e até armas de fogo.
Os fugitivos entraram em contato com membros do Comando Vermelho e familiares em 16 de fevereiro. No mesmo horário, eles fizeram uma família refém na zona rural de Mossoró e utilizaram seus celulares.
Depois desse episódio, um morador de Mossoró, que teria ligações com o Comando Vermelho, resgatou os criminosos. O homem teria recebido R$ 4,5 mil pelo serviço; ele foi preso em 21 de fevereiro.
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