Em meio a números alarmantes de queimadas e enfrentando uma das piores estiagens da história, o cenário no Amazonas começa a mudar e tem previsão de chuvas intensas. Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Conforme os dados, algumas localidades devem registrar chuvas intensas e os volumes de precipitações podem ultrapassar 60 mm.
As áreas de instabilidade associadas ao calor e alta umidade são fatores que irão provocar pancadas de chuva no decorrer da semana no Norte, com valores acima de 60 mm no noroeste do Amazonas, Roraima e Pará. Com exceção do Tocantins, onde a chance de precipitação é pequena, pancadas de chuva não estão descartadas nas demais áreas do Norte.
A Região Sul também deve registrar chuvas intensas. A semana começou com tempestades no Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina, em virtude da passagem de um sistema frontal região atmosférica em que duas massas de ar de diferentes características se encontram e interagem.
A Amazônia já superou neste ano a mesma quantidade de queimadas registrada em todo o ano de 2023. Até a última quarta-feira (25), foram registrados 102.993 focos de calor no bioma. Em todo o ano de 2023, houve 98.646 queimadas. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Seguindo a curva da média histórica, o mês de setembro já foi considerado o com mais queimadas no ano. Até quinta, foram 39.804 focos de calor, índice superior à média histórica de 32,2 mil para o mês. O recorde anual aconteceu em 2004, quando o fogo foi identificado 218.637 vezes.
As queimadas são monitoradas pelo Inpe desde junho de 1998. No acumulado de janeiro a agosto deste ano, houve 63.189 queimadas. O número é mais do que o dobro do que foi registrado no mesmo período de 2023: 31.489.