Durante audiência pública na última quinta-feira (28) no Senado Federal, o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), José Jorge do Nascimento Júnior, destacou a importância da manutenção dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM) no contexto da reforma tributária. Segundo ele, o modelo atual garante a competitividade das indústrias instaladas na região.
“Não queremos nada a mais, mas também defendemos com muita força que não haja nada a menos”, afirmou Nascimento, ao alertar sobre os impactos negativos do texto em análise no Senado.
De acordo com Nascimento, a configuração dos novos impostos, como o IBS e o CBS, pode enfraquecer a competitividade da ZFM ao retirar vantagens tributárias. O presidente da Eletros alertou que, sem esses incentivos, muitas indústrias podem deixar não só a região, mas o Brasil.
“É preciso que o Senado reveja e recomponha as vantagens comparativas da ZFM. Sem competitividade, as empresas instaladas em Manaus vão sair do país, porque Manaus é o único local no Brasil onde vale a pena produzir com vantagens”, afirmou.
Relevância dos setores industriais da ZFM
O presidente da Eletros também destacou a relevância dos cinco segmentos industriais que a entidade representa, responsáveis por 97% dos produtos eletroeletrônicos fabricados no Brasil.
Linha de ar-condicionado: O segmento é o segundo maior do mundo, atrás apenas da China, e emprega 15 mil pessoas por meio de 100 empresas fornecedoras.
Linha branca: Todos os micro-ondas do Brasil são fabricados na ZFM.
Todos os secadores de cabelo e chapinhas também são produzidos no Amazonas. Linha marrom e informática: A Zona Franca fabrica 100% dos televisores vendidos no Brasil e 45% dos bens de informática, incluindo computadores, tablets, smartwatches e fones de ouvido.
Nascimento reforçou que esses números comprovam a eficiência do modelo e a necessidade de mantê-lo para preservar empregos e garantir a competitividade do país no cenário global.