Edição especial do periódico destacou a iniciativa desenvolvida em parceria com o Unicef
Um artigo que trata sobre o Projeto Água Boa, desenvolvido pelo Governo do Amazonas em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), foi publicado este mês na edição especial “Águas, Saneamento Básico, Saúde e Direitos Humanos na Amazônia” da Revista Geonorte, do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
O Projeto Água Boa é desenvolvido pela Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), junto com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb) e a Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE). Iniciada em 2020, a iniciativa já conta com 549 sistemas instalados em 52 municípios do Estado, beneficiando mais de 160 mil pessoas.
Os sistemas de abastecimento incluem duas caixas d’água com purificadores projetados para eliminar impurezas, bactérias e outros contaminantes. Dessa forma, garantindo que os moradores tenham acesso a água limpa e segura para consumo diário. Cada sistema pode atender até 1 mil pessoas por dia.
O relato de trabalho de campo aborda a ação desenvolvida no município de Careiro da Várzea (a 25 quilômetros de Manaus), com foco em ações voltadas para o abastecimento de água potável. “O projeto foi criado em resposta aos desafios climáticos enfrentados no Amazonas e tem beneficiado diversas comunidades ribeirinhas, promovendo a saúde e o bem-estar da população”, destaca o secretário da UGPE, Marcellus Campêlo, um dos autores do artigo. Também assinam o artigo, o secretário Fausto Santos Júnior, a coordenadora de projetos Reny Moita e a gestora ambiental Camila Fuziel, da Sedurb; o consultor do Unicef, Paulo Diógenes; e o ex-diretor-presidente da Cosama, Armando do Valle.
O artigo aborda que, em 2020, durante a pandemia de Covid-19, o projeto incluiu a instalação de três Soluções Alternativas Coletivas de Abastecimento de Água para Consumo Humano (SAC) no município. Utilizando a Ferramenta de Análise de Gargalos no Setor de Água, Saneamento e Higiene (WASH BAT) e Avaliação Participativa dos Riscos Climáticos, foram identificadas as principais dificuldades de acesso à água potável e ao esgotamento sanitário, bem como os riscos climáticos que afetam o abastecimento na cidade.
A metodologia adotada pelo projeto incluiu a implementação de uma SAC, que contempla os processos de coagulação, floculação, sedimentação, filtração e desinfecção, além de infraestrutura projetada com base na resiliência a eventos climáticos extremos. O projeto também englobou a capacitação das comunidades locais e a celebração de uma cooperação com o município.