????Homem acusado de importunação sexual em supermercado é servidor do Incra em Manaus

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Após a vítima chamar a polícia, o caso foi registrado no 1º Distrito Integrado de Polícia na zona Sul

Antônio Ednelson Lopes, de 61 anos, foi identificado como o homem que teria cometido importunação sexual contra três mulheres, no dia 20 deste mês, em um supermercado no bairro Parque Dez de Novembro, zona Centro-Sul de Manaus. O acusado é servidor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A informação é do Radar Amazônico.

A identificação foi possível por meio das câmeras de segurança do supermercado, que flagraram o servidor importunando sexualmente e dizendo palavras de baixo calão contra as moças. Nas imagens, uma das vítimas identificada como Débora Moura, professora de 36 anos, estava com outras duas mulheres aguardando atendimento na lanchonete. Enquanto isso, Antônio Ednelson passa atrás das duas primeiras vítimas e as toca na região das nádegas. A reação de ambas é se afastar do suspeito, que continua caminhando.

Logo após o primeiro ato de importunação, Débora Moura, que está com uma camisa azul, branca e vermelha, se aproxima e acaba tendo o corpo tocado pelo homem. No primeiro momento, a mulher reage e discute com o homem e sofre ataques misóginos, com palavras ofensivas. A vítima chegou a ir atrás do homem e conseguiu impedir que ele fugisse do local com a ajuda de uma testemunha. Segundo ela, o estabelecimento não tomou nenhuma atitude nem quis deter Antônio Ednelson.

Após a vítima chamar a polícia, o caso foi registrado no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) na zona Sul de Manaus. Até mesmo na delegacia, Débora Moura afirma que teve dificuldade para registrar o caso, precisando provar a todo momento que foi importunada. O caso foi encaminhado para a equipe do 12º DIP conforme a Polícia Civil.

“Além de ser importunada, fui agredida na minha honra também. São muitas as dificuldades que a gente encontra para buscar por justiça. É muito desafiador ser mulher. Tive dificuldade dentro do supermercado, na delegacia. Tudo o que eu falei eu tive que provar por imagem. Fiquei uma hora na delegacia tentando provar que eu tinha sido vítima de importunação sexual”, finalizou.

Resposta do Incra

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foi procurado para saber quais medidas estão sendo tomadas e qual a atual situação do servidor no instituto, e foi comunicado que o servidor não estava nas dependências do órgão, mas que repudia qualquer ato de assédio ou afins. O órgão não disse se o homem foi exonerado ou afastado e afirmou que apenas está acompanhando as investigações.

Confira a nota na íntegra

A Superintendência do Incra no Amazonas informa que o servidor não estava nas dependências do órgão, mas que repudia qualquer tipo de ato de discriminação, assédio ou intolerância. O Incra está acompanhando as diretrizes governamentais, são promovidas campanhas internas de combate e denúncia de assédio moral e sexual junto aos servidores e colaboradores. O Incra no Amazonas acompanha as investigações envolvendo o servidor e adotará as medidas administrativas cabíveis.

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