Mercado se aproxima a passos céleres dos 130 mil pontos na quarta vez consecutiva em que a máxima histórica foi renovada, dólar cai a R$ 5,08
O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira (2), o sexto dia de ganhos consecutivo, igualando a sequência de valorizações que ocorreu entre os dias 3 e 10 de novembro do ano passado. Ajudou no dia positivo aqui o desempenho do petróleo Brent, que chegou a US$ 71,32 por barril, algo que impulsionou as ações da Petrobras (PETR3; PETR4). Bancos e Vale ([ativo=VALE3) também subiram.
Se o rali das commodities já impulsionava o movimento positivo no mercado, ontem, o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre surpreendeu e acabou se tornando mais um ponto de otimismo. A atividade econômica se expandiu em 1,2% na comparação com o quarto trimestre e 1% ante o primeiro trimestre de 2020. O número gerou uma onda de revisões acerca das perspectivas para o desempenho da economia no ano de 2021.
O Ibovespa registrou alta de 1,03%, a 129.601 pontos com volume financeiro negociado de R$ 40,651 bilhões. Foi a quarta vez consecutiva em que o benchmark bateu seu recorde histórico, encostando nos 130 mil pontos.
Enquanto isso, o dólar comercial teve queda de 1,2% a R$ 5,084 na compra e a R$ 5,084 na venda, no menor valor desde 18 de dezembro, quando a moeda dos EUA encerrou cotada a R$ 5,083. Já o dólar futuro com vencimento em julho registra perdas de 1,41% a R$ 5,089.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 caiu um ponto-base a 5,10%, o DI para janeiro de 2023 teve queda de sete pontos-base a 6,69%, o DI para janeiro de 2025 recuou 12 pontos-base a 7,78% e o DI para janeiro de 2027 registrou variação negativa de 11 pontos-base a 8,33%.
Voltando ao exterior, apesar de notícias sobre suspensão temporária da produção, as ações da Toyota, no Japão, subiram 2,18%, e as da Honda, 4,55%. Foi informado que as fabricantes de automóveis suspenderam temporariamente a produção na Malásia devido ao lockdown nacional, que se iniciou na terça.
Já na Europa, o temor quanto à inflação e uma potencial mudança de política do Fed pesam sobre o mercado. Investidores dos dois lados do Atlântico aguardam a divulgação de dados de emprego dos EUA nesta semana, assim como as próximas reuniões do Fed e do Banco Central Europeu.
Entre os indicadores econômicos da região, foi divulgada a inflação medida pelo IPP (Índice de Preços ao Produtor) na Zona do Euro, que marcou 7,6% em abril na comparação anual, frente a projeção de 7,3% e ao patamar anterior, de 4,3%.