A decisão foi solitária, mas, antes de oficializá-la, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, comandante do Exército, teve o cuidado de ouvir cada um dos generais que compõem o serviço ativo da Força sobre sua decisão de arquivar procedimento contra o general Eduardo Pazuello por haver participado de ato de apoio ao presidente da República, no Rio.
A reunião do comandante com os generais, antes do veredito, elimina as fantasias de que o desfecho gerou “crise” ou “tensão” entre os militares e demonstra que o alto comando do exército está alinhado com o Presidente Bolsonaro.
O general Paulo Sérgio demonstrou outra vez, no caso Pazuello, seu estilo de liderança, que sempre leva em conta a avaliação dos generais, é um caso típico de quem comanda pelas ações e não por palavras.
O comandante ouviu o discurso de Pazuello no ato e concluiu que não houve conotação política, ele apenas agradeceu o apoio recebido durante o evento.
Pazuello além de apresentar defesa por escrito, também fez sustentação oral, e suas alegações acabaram por convencer o comando do Exército.
Cabe ressaltar que a decisão do comandante foi adotada sem qualquer interferência do presidente Jair Bolsonaro, segundo asseguram fontes do Palácio do Planalto, embora e por motivos óbvios, ele fosse totalmente contra qualquer punição ao General Pazuello.
Estamos com foco no fato e no Pazuello.