Ao menos 1% das vagas devem ser destinadas a esse público.
Na América Latina, apenas Uruguai possui regra semelhante.
O Congresso argentino aprovou lei que obriga o Estado a reservar pelo menos 1% das vagas na administração pública para travestis, transexuais e transgêneros, além de criar incentivos fiscais para que empresas privadas sigam o mesmo caminho.
Denominada “lei trans”, a legislação cria um sistema de cotas obrigatórias e foi aprovada pelo Senado, depois de ter passado pela Câmara, com 55 votos a favor, apenas 1 voto contra e 6 abstenções.
“A medida visa a compensar tanta dor e tanto desamparo durante décadas”, alegou a senadora Norma Durango, do partido do presidente Alberto Fernández, o Frente de Todos.
A congressista é uma das apoiadoras das novas regras para as contratações estatais.
A direita argentina, por sua vez, argumenta que as admissões em empregos devem ser promovidas com base na capacidade e na competência.
Parlamentares contrários ao texto questionam a prioridade do tema, alegando que o Legislativo deve focar nas urgências sanitárias e econômicas do país.
A nova legislação também indica que “antecedentes penais irrelevantes” não poderão ser impedimentos para a contratação e que a cota trans terá prioridade nas contratações do Estado.
O texto prevê que as contribuições patronais geradas com a contratação de trans poderão ser deduzidas nos impostos.
Além disso, por meio da banca pública, o Estado vai conceder créditos a taxas subsidiadas para empresas que contratarem travestis, transexuais e transgêneros.