A cidade do Rio de Janeiro ganhou, na última quinta-feira (14), 123 pontos de entrega voluntária de lixo eletroeletrônico, onde cooperativas e popula
A cidade do Rio de Janeiro ganhou, na última quinta-feira (14), 123 pontos de entrega voluntária de lixo eletroeletrônico, onde cooperativas e população em geral poderão deixar itens domésticos em desuso como geladeiras, fogões e TVs em desuso. Todo material depositado nesses locais será encaminhado para uma central de triagem na capital fluminense. O que for reciclável, volta à cadeia produtiva, sendo reaproveitado em novos produtos pela indústria, e os inutilizáveis vão para aterros sanitários.
Outros 148 pontos de entrega voluntária foram inaugurados em municípios do estado. A iniciativa faz parte do programa Lixão Zero, do Ministério do Meio Ambiente (MMA). “Essa política permite reinserir esses materiais, após o descarte pelos consumidores, na cadeia produtiva, gerando renda e sustentabilidade”, explicou o secretário de Qualidade Ambiental, André França, durante cerimônia de lançamento do sistema de coleta no estado.
Além do Rio, seis capitais brasileiras já aderiram ao projeto: Campo Grande, Florianópolis, Vitória, Brasília, Maceió e Manaus. Outras três vão receber ecopontos de recolhimento e triagem de lixo eletrônico até novembro: Curitiba, Goiânia e Fortaleza. A previsão é que, até 2025, 400 cidades brasileiras tenham centrais de triagem e pontos de entrega voluntária.
Para que o serviço seja implementado, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes devem manter toda a logística do sistema de coleta dos produtos, o que inclui a manutenção do espaço, a contratação de empresas e cooperativas de reciclagem.
França acrescentou que o ministério tem desenvolvido uma série de ações da agenda ambiental urbana que contribuem, por exemplo, para a redução de gases de efeito estufa. “Em dois anos e meio, o Governo Federal realizou o fechamento de mais de 645 lixões no país, evitando fontes de contaminação”, afirmou. A meta do governo brasileiro é neutralizar a emissão de carbono pelo país até 2050.
Reciclagem
De acordo com relatório do Global E-Waste Monitor 2020, apoiado pelas Nações Unidas, 53,6 milhões de toneladas de lixo eletrônico foram descartadas em todo o mundo no ano de 2019. O levantamento revelou que apenas 17,4% dos resíduos foram reciclados.
Para o presidente da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE), Sérgio de Carvalho Maurício, a iniciativa do Ministério do Meio Ambiente contribui não só para a redução do consumo de insumos não renováveis, como plástico e vidro, mas também para a geração de empregos. “Não é lixo. É um material de valor muito importante, que pode ser reciclado, reinserido na cadeia produtiva”, argumentou.
O secretário municipal do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Eduardo Cavaliere, ressaltou que até mesmo “o catador informal é parte da cadeia produtiva”. Segundo ele, dezenas de milhares desses trabalhadores quem “se legalizar”.
Durante a cerimônia, realizada no Dia Internacional do Lixo Eletrônico, o governador Cláudio Castro e o presidente da ABREE firmaram uma carta de intenções para implementação do projeto no RJ. O secretário estadual de Meio Ambiente, Thiago Pampolha, e o presidente da Associação dos Recicláveis do Estado do Rio de Janeiro (ARERJ), Edson Freitas, também estiverem presentes no evento.
Fonte: Governo Federal
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