O perfil oficial do X (ex-Twitter), do magnata Elon Musk, divulgou nesta terça-feira (13) uma decisão sigilosa do ministro Alexandre de Moraes, do Su
O perfil oficial do X (ex-Twitter), do magnata Elon Musk, divulgou nesta terça-feira (13) uma decisão sigilosa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os ofícios em questão tratam-se de casos envolvendo o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e outros seis perfis de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na rede social.
No documento, o ministro determinou o bloqueio das contas, a derrubada de sigilos telemáticos e o envio de dados sobre pessoas que acessaram a conta de uma filha do jornalista Oswaldo Eustáquio.
“Esse ofício exige a censura de contas populares no Brasil, incluindo um pastor, um atual parlamentar e a esposa de um ex-parlamentar”, disse o X, em sua conta oficial de relações governamentais. A mensagem da plataforma também diz: “Acreditamos que o povo brasileiro merece saber o que está sendo solicitado a nós”.
A decisão de Moraes atinge o influenciador Ednardo Raposo; o engenheiro Cláudio Luz, que tem 577 seguidores; o pastor Josias Pereira Lima; o senador Marcos do Val; a esposa do ex-deputado Daniel Silveira, Paola da Silva Daniel; a conta da filha de Oswaldo Eustáquio e a mãe dela, Sandra Eustáquio; e Sérgio Fischer, apoiador de Bolsonaro que faz comentários nas redes sociais.
O documento foi assinado pelo ministro na quinta-feira (8) e determinava o bloqueio das contas, em até duas horas, sob “pena de multa diária de R$ 50.000”. Até o momento, nenhuma conta foi derrubada até a noite desta terça.
Também nesta terça, reportagem da Folha denunciou que o ministro ordenou por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões dele próprio contra aliados de Bolsonaro que estão inseridos no inquérito das fake news, em trâmite no Supremo durante e após as eleições de 2022.
Diálogos aos quais a reportagem teve acesso mostram como o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido à época por Moraes, teria sido usado, segundo a Folha, como um braço investigativo do gabinete do ministro no Supremo.
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