Caso ganhou grande repercussão por conta da violência
O comandante da Polícia Militar de Novo Aripuanã foi preso, nesta segunda-feira (5), após um caso de agressão contra mulheres e disparos de arma de fogo em via pública. O crime ocorreu no dia 27 de abril deste ano.
A prisão do oficial ocorreu durante operação deflagrada pela Promotoria de Justiça de Novo Aripuanã. Após o caso ganhar grande repercussão, o Ministério Público iniciou uma investigação e pediu o afastamento da policial da corporação.
Durante a operação, foram cumpridos quatro mandados judiciais: um de prisão preventiva e outro de busca e apreensão em Manaus, além de dois mandados de busca e apreensão em Novo Aripuanã.
Na ocasião do crime, o então comandante do Grupamento Militar local foi flagrado em vídeo empurrando uma mulher, que caiu violentamente no chão. Em seguida, ele efetuou disparo com arma de fogo em via pública.
De acordo com a promotora de Justiça Jéssica Vitoriano Gomes, o policial, que estava fora de serviço no momento da ocorrência, “atuou de forma truculenta contra duas mulheres”. Segundo ela, foram vislumbrados inicialmente os crimes de lesão corporal qualificada por motivo de gênero, dano qualificado — já que os celulares das vítimas foram danificados — e disparo de arma de fogo em desacordo com o procedimento operacional padrão da Polícia Militar do Estado do Amazonas.
“A investigação está em andamento, conduzida tanto pelo Ministério Público quanto pelo Comando Geral da Polícia. A prisão foi requerida pelo MP como forma de responder à ação indevida deste agente policial, além de servir como reação proporcional a uma conduta inaceitável por parte de um servidor da segurança pública”, acrescentou.
O promotor de Justiça Armando Gurgel Maia, titular da 60ª Proceapsp, destacou que a operação teve como foco o cumprimento do mandado de prisão preventiva do então comandante, após denúncias de agressões registradas em áudio e vídeo.
“O policial se envolveu em agressões exclusivamente contra mulheres, o que evidenciou, para o Ministério Público, uma clara violência de gênero”, afirmou. Ele explicou que, de acordo com os relatos colhidos pela Polícia Civil, a violência teria se iniciado após a funcionária de um comércio se recusar a vender bebidas alcoólicas “fiado”, sugerindo que o cliente consultasse o proprietário. “A partir daí, a confusão começou e evoluiu para agressões físicas, conforme relatado nos depoimentos”, completou o promotor.
O oficial da PM encontra-se atualmente preso preventivamente, por decisão judicial, como forma de garantir o andamento das investigações e evitar a reiteração de condutas violentas.