ENSINO A DISTÂNCIA: Matrículas em cursos do ensino superior na modalidade EAD tem alta de 9,8% no 1 semestre de 2021.

De acordo com dados do Mapa do Ensino Superior Brasil divulgado nesta terça-feira (8), pelo Instituto Semesp, e refletem uma tendência que cresce desde 2016. O ensino superior particular observou uma queda de 8,9% nas matrículas em cursos presencias durante o primeiro semestre deste ano. Entretanto, a modalidade de ensino a distância teve alta de …

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De acordo com dados do Mapa do Ensino Superior Brasil divulgado nesta terça-feira (8), pelo Instituto Semesp, e refletem uma tendência que cresce desde 2016.

O ensino superior particular observou uma queda de 8,9% nas matrículas em cursos presencias durante o primeiro semestre deste ano.

Entretanto, a modalidade de ensino a distância teve alta de 9,8% no mesmo período. Sendo esperado um aumento ainda maior daqui em diante, principalmente, por conta do período de incertezas do pós-pandemia.

Os registros de 2021 da rede privada de ensino confirmam um movimento que, em 2019, viu as matrículas em instituições de ensino crescerem 19,1% no EAD. Enquanto as do ensino convencional encolheu 3,8%. Mesmo assim, 71,5% dos brasileiros que ingressaram em um curso superior antes da pandemia escolheram pela modalidade presencial.

Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, concluiu que há uma diferença crucial entre os perfis de quem escolhe o ensino presencial e quem opta pelo ensino a distância, mesmo que no futuro próximo esses dois modelos tendem a ser mesclar em uma nova modalidade híbrida.

Enquanto o primeiro atrai a maioria dos jovens até 24 anos, o segundo tem em sua maioria como alunos adultos, de 30 a 44 anos em média. Sendo muitos deles buscando retomar os estudos ou fazer uma segunda graduação.

“O EAD é um curso diferente que o aluno faz sozinho, sem interatividade com o professor ou colegas e, por isso, é muito mais barato. Por outro lado, o presencial tem diminuído porque a grande maioria dos alunos que quer entrar no ensino superior não possui condições financeiras”, explica. “Não é que um está substituindo o outro”.

Desde o ano passado, houve um aumento de 14% nos polos que oferecem ensino a distância (EAD) pelo país. Apesar desse crescimento, a Semesp aponta que a taxa de escolarização líquida, que calcula que a porcentagem de jovens dos 18 aos 24 anos matriculados no ensino superior em relação ao total dessa faixa etária, continua estagnada em 17,9%. Não só isso, mas ela ainda está longe de chegar a meta de 33% proposta pelo Plano Nacional de Educação para daqui a três anos.

A condição financeira de bancar o ensino superior é o principal fator que reflete na taxa de evasão dos cursos de graduação. Enquanto ela se manteve praticamente estável na rede pública e até diminuiu entre 2018 e 2019 para Prouni ou pelo Fies, o percentual de estudantes que não tinham qualquer tipo de auxílio e largou os estudos no primeiro ano aumentou no mesmo período. 

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