A eleição de 2026 para o Senado em Santa Catarina, estado de maioria bolsonarista, já vem gerando divergências entre Jair Bolsonaro (PL) e o governador Jorginho Mello (PL), aliado do ex-presidente.
Enquanto Bolsonaro já declarou que gostaria de uma chapa “puro-sangue” do PL ao Senado no estado, Jorginho afirmou recentemente que quer compor uma chapa mista com outros partidos.
Em entrevista ao portal Léo Dias na terça-feira (25/2), Bolsonaro citou as deputadas federais Caroline de Toni e Júlia Zanatta, ambas do PL, com “bons nomes” para concorrer às duas vagas ao Senado por Santa Catarina.
Um dia depois, o governador contrariou Bolsonaro e afirmou, durante um encontro regional do PL em Içara (a cerca de 193 km de Florianópolis), que o PL não indicará dois candidatos ao Senado em 2026.
“Aqui tem governador e vai ter composição. Nós não iremos indicar as duas vagas para o Senado”, disse Jorginho Mello.
A cidade de Içara é uma das localidades de Santa Catarina que apoia Júlia Zanatta. A deputada, entretanto, não compareceu ao evento, alegando compromissos em São Ludgero, a 55 km de Içara.
O Senado é uma das prioridades para Bolsonaro nas eleições de 2026. O motivo é que a Casa Legislativa é responsável por abrir pedidos de impeachment contra ministros do STF.
O que diz o governador
Em nota, o governador afirmou que as decisões sobre as chapas em 2026 “serão tomadas em acordo e em conjunto” com Bolsonaro e com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
“O PL de Santa Catarina está e estará alinhado com os valores do partido e valores políticos que regem a sua atuação política. Os nomes para a disputa ao Senado devem ocorrer apenas no ano de 2026”, disse Jorginho na nota.
Fonte: Metrópoles