A inclusão do nome da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) na lista de difusão vermelha da Interpol vinha sendo considerada por integrantes do governo Lula como uma espécie de “teste” para o novo chefe da entidade, o brasileiro Valdecy Urquiza.
Delegado da Polícia Federal, Urquiza foi eleito secretário-geral da Interpol em novembro de 2024, se tornando o primeiro brasileiro a comandar a instituição. Para ser escolhido, ele contou com a ajuda de integrantes do Ministério da Justiça e da cúpula da PF.
Nos bastidores, integrantes do alto escalão do governo Lula avaliam que uma eventual resistência ou demora da Interpol em incluir o nome de Zambelli na lista de difusão vermelha pegaria “muito mal” para o delegado brasileiro que comanda a entidade.
Urquiza, porém, não despontou membros do Ministério da Justiça e da cúpula da PF. Um dia após o ministro do STF Alexandre de Moraes determinar a prisão preventiva de Zambelli, fontes da Polícia Federal informaram que o nome dela já tinha sido incluído.
A coluna Igor Gadelha apurou que o nome de Zambelli ainda aparece apenas na área restrita da lista vermelha da Interpol, a qual somente policiais têm acesso. Nos próximos dias, porém, o nome da deputada deve aparecer na lista pública veiculada no site oficial da entidade.
Fonte: Metrópoles
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