Brasil sobe cinco posições, mas ainda é 84º país no ranking do IDH

Além do Brasil, outros 49 países são considerados de alto desenvolvimento. Noruega lidera o ranking.

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O Brasil está na 84ª colocação no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com um índice de 0,786, considerado de alto desenvolvimento. Os dados constam na nova edição do relatório de Desenvolvimento Humano, divulgado nesta terça-feira (06) pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (Pnud ou UNDP, na sigla em inglês).

Em relação a 2022, o IDH do país cresceu 0,77%. Em 2022, o Brasil estava na 89ª posição, o que significa que o país subiu cinco posições. A escala vai de 0,000 a 1,000 e considera indicadores de expectativa de vida, escolaridade e Produto Interno Bruto (PIB) per capita.

O documento do Pnud apresenta o IDH de 193 países com base em informações de 2023, e tem a inteligência artificial como tema deste ano. O relatório também mostra a evolução do país nos períodos de 2010 a 2023 (um aumento médio anual de 0,38%) e de 1990 a 2023 (um crescimento médio de 0,62%).

Pontuação mundial

Segundo o Pnud, os países são divididos em quatro grupos, de acordo com o IDH. Além do Brasil, outros 49 países são considerados de alto desenvolvimento (com pontuação de 0,700 a 0,799).

As nações de desenvolvimento médio (de 0,550 a 0,699) somam 43, enquanto aquelas com desenvolvimento baixo (abaixo de 0,550) são 26.

De acordo com o novo relatório, a Noruega agora é o país com maior IDH do mundo (0,972). Nações como a Dinamarca, Alemanha e Suécia estão entre as que ocupam as primeiras colocações.

Já o Sudão do Sul, criado em 2011, tem o pior indicador (0,388). As nove últimas posições são ocupadas por países africanos.

O IDH médio mundial chegou a 0,756 em 2023, um aumento de 0,53% em relação ao ano passado (0,752). Mas, segundo o coordenador do relatório, Pedro Conceição, há aspectos alarmantes nesses dados.

“Primeiro é o fato de que estamos progredindo de forma mais lenta. Na verdade, é o progresso mais lento na história, se não considerarmos o período de declínio do IDH [devido à pandemia de covid-19]. Se continuássemos a ter o progresso que tínhamos antes de 2020, estaríamos vivendo em um índice de desenvolvimento muito alto em 2030”, disse Pedro Conceição.

Para ele, o segundo aspecto é que países com IDH baixo estão ficando para trás. “[Isso aconteceu] pelo quarto ano consecutivo. E isso representa uma ruptura com uma tendência que já vinha ocorrendo há décadas, na qual víamos uma convergência no Índice de Desenvolvimento Humano entre os países”.

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