A deputada publicou um vídeo nas redes sociais sobre o assunto
A deputada Alessandra Campêlo (Podemos), presidente da Procuradoria da Mulher na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), classificou a fala do senador Plínio Valério (PSDB) como “patética”, sobre a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente.
“O patético é que eu nunca vi o senador dizer que ia enforcar um homem por achá-lo insuportável ou qualquer coisa assim. Ele nunca falou isso sobre nenhuma autoridade masculina. Por que só contra as mulheres?”, afirmou Campêlo em vídeo no Instagram.
Em discurso ao ser homenageado com a Medalha do Mérito Comercial do Amazonas concedida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado (Fecomércio) na sexta-feira (14), Plínio Valério se referiu ao depoimento da ministra na CPI das ONGs, presidida por ele, com a seguinte declaração: “A Marina teve na CPI das ONGs, seis horas e dez minutos. Imagina o que é tolerar a Marina por seis horas e dez minutos sem enforcá-la”. A declaração provocou risadas entre os presentes na solenidade.
A parlamentar defendeu que atitudes como essas que dão força para a violência contra a mulher. “É esse tipo de comportamento que legitima a cultura da violência contra as mulheres no Brasil. Contra homens, claro, ele aguentaria algumas horas sem ‘enforcá-los’, mas quando do lado oposto do debate tem uma mulher pode tudo, não é? Até enforcar. É machismo, misoginia, ódio às mulheres. Não contem com meu silêncio, pois meu posicionamento é claro!”, disse a deputada, que publicou a #ParemDeNosMatar.
A CPI das ONGs foi encerrada em 13 de dezembro de 2023 com seis recomendações e um indiciamento.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi criada para investigar contratos do governo com Organizações Não Governamentais na Amazônia. O relatório final não apresentou provas que comprovassem ilegalidades nos contratos.
