Moradores criticam ‘trincheira’ feita pela Águas de Manaus e péssimo serviço de recuperação asfáltica

Serviço mal feito pode causar acidentes e prejuízos após reparos de infraestrutura

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Além de conviver todos os dias com buracos e crateras nas ruas, moradores de Manaus enfrentam o péssimo serviço de recuperação asfáltica realizado após a execução de obras da rede de esgoto pela concessionária Águas de Manaus.

Para melhorar a infraestrutura da rede de águas e esgoto da capital, a empresa de abastecimento vem perfurando as ruas de todas as zonas da cidade. No entanto, após a realização do serviço, a empresa deixa “remendos” e desníveis no recapeamento asfáltico. Além disso, há reclamações sobre a demora em asfaltar as ruas.

O motorista de aplicativo Hercules Silva relata que a péssima recuperação das vias danifica seu veículo, que usa todos os dias para trabalhar. Segundo ele, os “remendos” podem ocasionar acidentes.

“Essa empresa tá brincando com a população. Eles inventam de fazer essas obras em pleno inverno. Além de danificar os veículos, olha por outro lado, eles podem até ocasionar acidentes devido a esses buracos deixados nas ruas”, disse o motorista.

Jefferson Dantas, que utiliza seu veículo para se deslocar até o trabalho, afirma ser um descaso da concessionária com o público. Para ele, os buracos danificam seu veículo e causam prejuízos.

“Eu, como motorista, me sinto indignado com essa situação. Os buracos nos bairros já são comuns, agora a Águas de Manaus vem fazer esse monte de remendo em toda a cidade. Espero que a Prefeitura fiscalize isso”, afirmou.

Já Gustavo Souza, motorista de aplicativo, disse que a “buraqueira” feita pela empresa acaba danificando sua moto, que usa para trabalho nas ruas da capital.

“Isso que a Águas de Manaus vem fazendo é complicado. Minha moto está se acabando. Já troquei várias peças por conta dos buracos nas vias de Manaus”, explicou.

Por conta da péssima qualidade no recapeamento asfáltico após serviços de infraestrutura, a Águas de Manaus já foi multada em R$ 3 milhões pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman) por falhas na recomposição de vias e no atendimento à população.

Outro lado

Enquanto a Prefeitura cobra melhorias no asfalto, a Águas de Manaus argumenta que a expansão do esgoto é fundamental para reduzir a poluição em rios e igarapés. O impasse reflete a complexidade de conciliar obras de saneamento com a manutenção da malha viária.

A Ageman segue monitorando os serviços e afirma que novas multas podem ser aplicadas caso as irregularidades persistam. Para o diretor-presidente do órgão, Elson Andrade, a qualidade do recapeamento é crucial para evitar transtornos à população e ao meio ambiente.

A coordenadora de projetos da concessionária, Míriam de Almeida, ressaltou que a empresa busca atingir suas metas, como: alcançar 80% de cobertura de esgoto até 2030 e 90% até 2033, alinhando-se ao Marco Legal de Saneamento.

“Essas obras que estão acontecendo sobre esgotamento sanitário visam a universalização de esgoto no país todo, como vem acontecendo, e não é diferente aqui em Manaus. Temos as etapas da conscientização da população, depois o início da obra em si, onde ocorre a implantação da rede coletora”, comentou ela.

Com informações Rios de notícia

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