MPAM é acionado para investigar escândalo de servidores da Manausmed após denúncia contra prefeitura

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O vereador Rodrigo Guedes (União Progressista) formalizou na manhã desta terça-feira (06), uma denúncia no Ministério Público do Amazonas (MPAM) contra o prefeito David Almeida (Avante). A ação se refere aos milhares de servidores comissionados que supostamente foram matriculados no plano de saúde Manausmed sem autorização, como forma de beneficiar a rede Hapvida.

Logo após a denúncia, o político afirmou que teve uma reunião de 40 minutos com o promotor responsável e que a investigação já está tramitando na promotoria.

“Importante ressaltar que fui procurado pelo promotor, que conseguiu meu contato após ver nas redes sociais o vídeo-denúncia que fiz”, escreveu em uma rede social.

O caso foi revelado pelo político no domingo (04) e, segundo ele, é o maior escândalo de desvio de dinheiro do salário de servidor da história de Manaus.

“Um escândalo de mega proporções está acontecendo na Prefeitura de Manaus, exatamente ao mesmo estilo do escândalo do INSS que abalou o Brasil e os brasileiros nas últimas semanas”, segundo Guedes.

A Manausmed é o plano de saúde dos servidores públicos municipais de Manaus e a sua inscrição nos serviços é, por lei, voluntária. Cada servidor matriculado no plano tem desconto de 4,5% do salário na folha de pagamento. A Prefeitura de Manaus possui cerca de 3 mil servidores comissionados.

Entenda o caso

Segundo Rodrigo Guedes, ele recebeu diversas denúncias nos últimos dias sobre suspeita de o prefeito David Almeida estar obrigando os servidores municipais, com cargos comissionados, a aderirem ao plano de saúde para gerar recursos à Manausmed.

O plano foi privatizado pela rede hospitalar Hapvida por R$ 108 milhões por ano. Cada servidor matriculado na Manausmed tem desconto de 4,5% do seu salário na folha de pagamento.

Para esclarecer a situação, Guedes solicitou explicações da Secretaria Municipal de Administração (Semad) sobre a adesão dos servidores, no entanto, os vereadores aliados a David Almeida derrubaram a proposta. De acordo com Guedes, servidores de muitas secretarias da administração municipal foram matriculados no plano sem o devido consentimento. 

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