Gastos durante a viagem teriam sido bancados por empresários que possuem contratos com a prefeitura
A viagem de David Almeida acompanhado da primeira-dama, Izabelle Fontenelle, ao Caribe, custou, supostamente, mais de R$ 1 milhão e teria sido bancada por empresários que possuem contratos milionários com a Prefeitura de Manaus. Pelo menos foi o que disse o deputado Capitão Alberto Neto (PL) no Instagram, sem citar fontes.
“Fui informando que a aquela farra do prefeito teria, supostamente, custado mais de R$ 1 milhão. Sabe quem pagou essa conta? dois empresários que fornecem para prefeitura”, disse o deputado.
Conforme divulgado pelo Foco, durante a viagem à ilha de São Bartolomeu, o prefeito estava acompanhado de empresários que fornecem serviços para administração municipal.
O que chama atenção é o fato de David Almeida receber R$ 35 mil mensais de salário, valor incompatível com os supostos gastos no Caribe. Além disso, a denúncia de Alberto Neto sobre quem estaria bancando os gastos levanta questionamentos sobre a aproximação de empresários com o prefeito e favorecimentos em licitações para beneficiar os donos de empresa presentes na viagem, além de outras possíveis irregularidades.
Ainda segundo o vídeo publicado pelo parlamentar, as despesas pagas na ilha paradisíaca não teriam saído do bolso de David Almeida, mas seriam resultado de supostos contratos superfaturados entre a prefeitura e empresários.
“Não se engane, esse dinheiro não saiu do lucro do empresário, não. São obras superfaturadas e contratos suspeitos que o Ministério Público e a Polícia Federal vão investigar. Enquanto o povo tá na lama, o dinheiro da prefeitura sai pelo ralo”, ressaltou Neto.
Viagem vira alvo dos órgãos de fiscalização
Conforme veiculado pelo Foco nessa terça-feira (11), a viagem de Almeida ao Caribe virou alvo de ações no Ministério Público do Amazonas e Federal (MP-AM)/(MPF-AM) e Receita Federal (RF). O vereador Coronel Rosses (PL) protocolou ofícios aos órgãos de fiscalização solicitando abertura de investigação para apurar os gastos do prefeito durante a viagem.
Na peça apresentada, o vereador relata que todas as despesas do prefeito durante viagem à ilha de São Bartolomeu, como hospedagem, viagem em jatinho e festas particulares, teriam sido custeadas por empresários que mantêm contratos com a administração municipal. Além disso, o ofício menciona a compra de “bebidas de alto valor”, referindo-se a um champanhe francês, avaliado em cerca de R$ 32 mil, presente na festa de aniversário da primeira-dama de Manaus.
Ainda segundo o documento, a gravidade dessas informações e considerando possíveis irregularidades cometidas por David Almeida podem configurar crimes como corrupção passiva, peculato, improbidade administrava, conflito de interesses, violação à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro, além da possibilidade de envolvimento de recursos federais
