O contrato feito pela Prefeitura de Manaus foi para a compra de produtos como bolacha e leite condensado destinados a merenda escolar da rede municipal de ensino
Um dos empresários presos pela Polícia Federal em Brasília na terça-feira (20), por suspeita de lavagem de dinheiro é dono de uma empresa que fez um contrato de R$ 3,5 milhões com a Prefeitura de Manaus para o suposto fornecimento de alimentos como biscoito, macarrão e leite condensado para compor a merenda escolar da rede municipal de ensino.
A Polícia Federal revelou que um dos empresários presos com R$ 1,2 milhão em espécie no Aeroporto de Brasília afirmou que o valor seria resultado de contratos firmados com prefeituras de municípios do Amazonas, entre elas, as de Manaus e Coari.
A empresa Comercial CJ – Comércio de Produtos Alimentícios Ltda, que tem como sócio César de Jesus Glória Albuquerque, um dos detidos pela PF, mantém dois contratos com a Prefeitura de Manaus, sob a gestão de David Almeida (Avante). Um desses contratos, o de maior valor, ultrapassa os R$ 3,5 milhões.
Esse acordo foi firmado em agosto de 2024 com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) para fornecer produtos como leite condensado (56.370 latas), macarrão parafuso (272.800 pacotes) e biscoito maisena (200.440 pacotes). O contrato permanece válido até agosto deste ano.
A mesma empresa também firmou, em fevereiro, outro contrato com a Fundação de Amparo ao Idoso Dr. Thomas (FDT), no valor de R$ 28.444,40, para fornecer itens semelhantes: 1.800 latas de leite condensado, 800 pacotes de macarrão e 1.080 pacotes de biscoito.
Fundada em 2018, a empresa está sediada na zona rural de Presidente Figueiredo, no km 179 da BR-174, comunidade Nova Jerusalém. Seu CNPJ é 31.158.755/0001-42, e, atualmente, está cadastrada com 87 atividades diversas registradas na Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE).