Entidades de classe repudiam aumento extorsivo da passagem de ônibus em Manaus

Nota oficial demonstrou preocupação com impacto à população

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A Associação Comercial do Amazonas (ACA-AM) repudiou o aumento abusivo da passagem de ônibus em Manaus, após a prefeitura anunciar a nova tarifa de R$ 6. A nova tarifa começou a valer neste domingo (20).

As entidades manifestaram preocupação com o impacto econômico do novo valor, de R$ 4,50 para R$ 6, representando aumento de 33,33%. De acordo com as entidades, mesmo que custeado pelos empregadores, quem paga pelo reajuste é a própria população.

“As entidades de classe manifestam sua preocupação com o impacto do recente reajuste da tarifa de ônibus urbano em Manaus, que elevou o valor do vale-transporte de R$ 4,50 para R$ 6,00 — um aumento de 33,33%”, conforme nota oficial.

Reajuste

De acordo com o decreto, o valor cheio da passagem será de R$ 6, mas descontos serão aplicados, conforme o perfil do usuário. Passageiros que pagam com dinheiro ou cartão PassaFácil terão desconto de R$ 1, pagando R$ 5 por viagem. Para os estudantes que não possuem gratuidade, esses seguirão pagando R$ 2,50, mediante apresentação da carteira estudantil válida.

Os beneficiários do Cadastro Único (CadÚnico), programa federal destinado a famílias de baixa renda, terão um desconto especial, pagando o valor de R$ 4,50 como tarifa social. Esse valor passará a valer num prazo de até 60 dias, período necessário para se implementar as medidas a esse desconto, especialmente a emissão do cartão eletrônico PassaFácil Social individual, que fará o controle dessa modalidade. Dentro desse prazo, os usuários do CadÚnico ficarão pagando R$ 5.

Para os trabalhadores que utilizam o vale-transporte, pago pelas empresas, o valor cobrado será o valor cheio de R$ 6 por passagem.

Como forma de garantir a eficácia da nova medida, a prefeitura informa aos usuários que já utilizam os cartões PassaFácil e demais modalidades eletrônicas, que o Sistema de Bilhetagem Eletrônica (SBE) fará o ajuste automático da nova tarifa. E reforça que as resoluções visam o equilíbrio financeiro do sistema e a continuidade dos serviços de transporte público na capital.

Nota:

Reajuste do Vale-Transporte: quem paga a conta é o trabalhador.

As entidades de classe manifestam sua preocupação com o impacto do recente reajuste da tarifa de ônibus urbano em Manaus, que elevou o valor do vale-transporte de R$ 4,50 para R$ 6,00 — um aumento de 33,33%.

Embora o vale-transporte seja parcialmente custeado pelos empregadores, a Lei nº 7.418/1985 permite o desconto de até 6% do salário base do trabalhador para contribuir com esse custeio. Na prática, isso significa que quem arca com parte expressiva desse aumento é o próprio trabalhador, que terá seu poder de compra reduzido.

Esse reajuste compromete diretamente o consumo das famílias e impacta negativamente a atividade econômica — especialmente no comércio, serviço e indústria da construção, que depende da circulação de renda para manter empregos, vendas e arrecadação. O efeito é em cadeia: menos renda, menos consumo, menos atividade no comércio e nos serviços.

Reajustes dessa magnitude, sem qualquer escalonamento ou diálogo com o setor produtivo, penalizam duplamente os pilares que sustentam a economia da cidade: as empresas formais e os trabalhadores. Um valor intermediário, como R$ 5,00, poderia ter sido adotado de forma escalonada e com menor impacto social e econômico.

As entidades de classe reiteram seu compromisso com o equilíbrio das relações econômicas e defendem que decisões que afetam diretamente a renda da população sejam tomadas com planejamento, responsabilidade e diálogo.

• Associação de Bares e Restaurante do Amazonas – ABRASEL

  • Associação Comercial do Amazonas – ACA
  • Câmara de Dirigentes e Lojistas Manaus – CDLM
  • Federações das Câmara de Dirigentes e Lojistas do Amazonas – FCDL
  • Federação do Comércio do Estado do Amazonas – FECOMÉRCIO
  • Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Manaus – CODESE
  • Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Amazonas – FACEA
  • Conselho Regional de Administração – CRA AM
  • Conselho Regional de Contabilidade – CRC AM
  • Associação Amazonense de Supermercados – AMASE
  • Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Amazonas – SINDUSCON
  • Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas – ADEMI AM
  • Associação dos Jovens Empresários – AJE
  • Conselho Regional de Economia do Amazonas e Roraima – CORECON – AM / RR
  • Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas – CAU / AM

Manaus, 20 de abril de 2025

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