Justiça autoriza uso de força policial e arrombamento do Sindicato dos Rodoviários de Manaus

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O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11) determinou urgentemente nesta terça-feira (15) para que o Sindicato dos Rodoviários em Manaus esclareça no prazo de 24 horas se a categoria vai continuar com a paralisação. O desembargador David Alves também autorizou o uso de força policial, arrombamento e a intimação a qualquer hora ou local dos dirigentes do sindicato para garantir o cumprimento da medida.

“Diante da urgência da medida, determina-se que este Despacho tenha força de Mandado, para ser cumprida por Oficial de Justiça de plantão com a máxima brevidade, o qual poderá, se necessário, requisitar força policial para assegurar o cumprimento da medida, utilizando-se de todos os meios necessários para cumpri-la, incluindo, mas não se limitando a utilização de chaveiro, arrombamento de portas, além de poder cumprir em qualquer hora, em qualquer lugar e na pessoa de qualquer representante ou dirigente do sindicato requerido”, disse a decisão.

A medida ocorre após o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) comunicar que os rodoviários devem paralisar o serviço nos próximos dias. A informação da paralisação foi do presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira. O Sinetram afirmou que a continuidade do movimento paredista pode trazer transtornos à população.

Por volta de 16h, em entrevista coletiva, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, disse que a paralisação continuará nos próximos dias. “Foi só o aquecimento. Não houve greve ainda. Vai ter greve a partir de amanhã. Neste exato momento, nem o Sinetram, nem a prefeitura deram algum sinal para os trabalhadores”, disse Givancir.

A greve iniciada às 4 horas desta terça (15), foi motivada por reivindicações de reajuste salarial de 12% e a manutenção dos cobradores nos ônibus. Apesar da determinação judicial que exige a manutenção de 70% da frota nos horários de pico e 50% nos demais períodos, sob pena de multa de R$ 60 mil por hora de descumprimento, a paralisação afetou diretamente cerca de 350 mil passageiros.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, afirmou que a greve é o último recurso após várias tentativas de negociação sem sucesso. Ele declarou: “Nosso último recurso é a greve. Já fizemos várias tratativas de acordo, mas sem sucesso. Então, vamos pra ‘guerra’”.

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