Pedido de impeachment de David Almeida por desvio milionário no Fundeb é protocolado na CMM

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Pedido segue agora o trâmite legislativo e pode levar ao afastamento do prefeito 

O vereador Rodrigues Guedes (Progressistas) protocolou, na manhã desta quarta-feira (11), o pedido de impeachment do prefeito David Almeida (Avante) por ter transferido R$ 41 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para o Fundo do Plano de Saúde dos Servidores Municipais (Funserv), o que configura uma prática ilícita.

Inclusive, essa suposta ilegalidade está sendo investigada pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) sob relatoria do conselheiro Érico Desterro. Diante da gravidade dos fatos, o vereador protocolou o pedido de afastamento do prefeito de Manaus. 

“Não estou falando sobre suspeitas, que são muitas na gestão do David Almeida, estou falando de um desvio de recursos federais comprovados pelo TCE-AM. Tirar o dinheiro do Fundeb e transferir para a Funserv foi uma prática criminosa”, explicou.

Segundo Guedes, após ser protocolado o pedido na Câmara, a proposta será analisada pelo presidente da Casa, vereador David Reis (Avante) e, em sequência, colocada à votação a questão da admissibilidade.

Se tiver êxito na votação, o pedido segue para Comissão Processante, que analisará e dará um parecer favorável ou não. Posteriormente, volta para votação no plenário. 

Entenda o caso

A representação contra a Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed) e a ex-secretária Dulce Almeida está na pauta do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) sob relatoria do conselheiro Érico Desterro. A ação, com pedido de medida cautelar, foi movida pela Secretaria-Geral de Controle Externo (Secex) do TCE para apuração de suposto desvio de finalidade na utilização dos recursos do Fundeb.

De acordo com a Secex, o ponto inicial da denúncia partiu de uma demanda do Movimento dos Trabalhadores da Semed-Manaus para apurar possíveis repasses de valores do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para o Fundo do Plano de Saúde dos Servidores Municipais (Funserv), o que não seria legal.

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