PF prende Gilson Machado, ex-ministro de Bolsonaro, por ordem de Moraes

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A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (13), no Recife, Gilson Machado, ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro. A prisão de Mauro Cid foi decretada, também, mas foi revogada minutos depois.

Machado foi preso por suspeita de tentar emitir passaporte português para o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. A prisão foi decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), que solicitou abertura de inquérito sobre o caso após a PF descobrir a tentativa de expedir o documento.

Para a PF, Machado teria tentado atrapalhar o andamento do julgamento da trama golpista no STF. Em nota enviada ao UOL na terça, o ex-ministro afirmou que tomou conhecimento das investigações pela imprensa e negou “veementemente ter ido a qualquer consulado, inclusive o português”.

A reportagem também tenta localizar os advogados de Gilson Machado. Se houver resposta, o texto será atualizado.

Cid admitiu que solicitou cidadania portuguesa em 2023, mas que não tinha conhecimento da iniciativa de Gilson Machado. Ao STF, a defesa do tenente-coronel disse que o pedido ocorreu em 11 de janeiro de 2023 —logo depois dos atos golpistas de 8 de janeiro. Segundo o advogado Cezar Bittencourt, a solicitação foi realizada “única e exclusivamente” porque a esposa e filhas de Cid já têm a cidadania

Gilson tocava sanfona em lives de Bolsonaro

Conhecido como Gilson Sanfoneiro, Machado é aliado próximo de Bolsonaro. O ex-ministro acompanhava o ex-presidente na viagem que ele fazia no Rio Grande do Norte, em abril, quando passou mal e precisou passar por uma cirurgia para reverter quadro de obstrução intestinal.

Machado também era figura constante nas lives de Bolsonaro. Em algumas ocasiões, aparecia com uma sanfona e entoava canções, como quando tocou Ave Maria em homenagem às vítimas da covid-19.

Cid, Bolsonaro e outros 29 são réus por tentativa de golpe de Estado. Segundo denúncia da PGR, o grupo tinha o objetivo de manter o ex-presidente no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.

Com informações UOL

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