Por Lula e contra a investigação, Omar Aziz vai presidir CPMI do INSS

Dos três senadores pelo Amazonas, apenas Plínio Valério (PSDB) assinou

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Mesmo sem apoiar a abertura de investigação, o senador Omar Aziz (PSD) foi escolhido para presidir a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar a fraude bilionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), segundo informações do portal Metrópoles. Dos três senadores pelo Amazonas, apenas Plínio Valério (PSDB) assinou o pedido de abertura da investigação.

De acordo com o Metrópoles, a escolha do senador do Amazonas foi definida em diálogo com lideranças do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e confirmada por interlocutores. No entanto, a assessoria do presidente do Senado, David Alcolumbre, afirmou que ele ainda não definiu os nomes da presidência ou da relatoria da CPMI.

Conforme noticiado pelo Foco no começo deste mês, os senadores Omar Aziz e Eduardo Braga (MDB) escolheram não assinar o requerimento para instalação da CPMI que pretende investigar os descontos sem autorização nas contas de aposentados e pensionistas, o que ficou conhecido como escândalo do INSS.

O que chama atenção é que, mesmo sem assinar o requerimento de abertura, o senador tenha sido escolhido para presidir uma investigação de tamanha importância devido aos valores bilionários desviados.

Além de Omar Aziz, outros parlamentares do PSD-AM no Congresso Nacional também recusaram-se a apoiar o pedido de apuração. Os deputados federais Sidney Leite e Átila Lins, ambos do mesmo partido, também declinaram das assinaturas.

Ao contrário dos parlamentares do PSD-AM, a proposta que reúne deputados federais e senadores para uma investigação teve apoio de nomes como Capitão Alberto Neto (PL), Silas Câmara e Adail Filho, ambos do Republicanos, Pauderney Avelino e Fausto Junior (União), e Amom Mandel (Cidadania) e o senador Plínio Valério.

“Não assinei, mas apoio”

Não é apenas o posicionamento de Omar Aziz que é contraditório no caso envolvendo a investigação do INSS. Seu colega de partido, Sidney Leite, que também não demonstrou apoio ao deixar de assinar o pedido, disse ser a favor da investigação.

O Foco noticiou, na semana passada, a declaração dada pelo parlamentar: “Eu apoio todo tipo de investigação”, disse ele ao ser questionado sobre seu posicionamento acerca das CPIs.

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