Com salário de R$ 35 mil, David Almeida diz que bancou viagem ao Caribe com recursos próprios

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Despesas do prefeito na ilha de São Bartolomeu teriam somado mais de R$ 1 milhão, segundo deputado

O prefeito David Almeida (Avante) quebrou o silêncio e se pronunciou pela primeira vez sobre a polêmica viagem ao Caribe, feita por ele e pela primeira-dama, acompanhados de empresários que recebem milhões de reais da prefeitura para prestar serviços. A entrevista dando seu lado da história foi concedida ao portal A Crítica.

Em declaração ao site, o prefeito de Manaus rebateu as denúncias de que o passeio teria sido bancado por terceiros. Além disso, declarou que a Câmara Municipal de Manaus (CMM) foi oficialmente informada sobre seu afastamento da administração municipal: “Não cometi qualquer ilegalidade”.

A presença de Almeida acompanhado de sua esposa em um clube na ilha de São Bartolomeu não caiu bem entre a família. Declarados adventistas, o casal curtiu a festa em pleno sábado, dia considerado sagrado nessa vertente do cristianismo.

O prefeito admite que foi repreendido pelo irmão, o pastor Disraelli Almeida. “Sim, recebi uma ‘chamada’ do meu irmão. De fato, errei ao ter aceito o convite para ir a um clube, quando deveria estar na igreja. Esse foi meu único erro, e já me arrependi. O resto fica para o julgamento das pessoas”, disse.

Viagem vai ser investigada pelo Ministério Público

A viagem pessoal do prefeito de Manaus, David Almeida, à ilha de São Bartolomeu, no Caribe, amplamente divulgada pela imprensa e redes sociais, está sob investigação do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), após denúncias serem protocolizadas no órgão de fiscalização, em razão de possível custeamento com dinheiro público.

As denúncias foram recebidas, autuadas e encaminhadas pela Secretaria-Geral do órgão ao Centro de Apoio Operacional de Proteção e Defesa dos Direitos Constitucionais do Cidadão, dos Direitos do Consumidor e da Defesa do Patrimônio Público (CAO-PDC) para distribuição às Promotorias de Patrimônio e posterior instauração de Notícia de Fato (fase inicial).

A apuração visa esclarecer se o deslocamento do chefe do Executivo Municipal, como alegam as denúncias, foi custeado por fornecedores que mantêm contratos com a prefeitura, conforme divulgado. Caso confirmadas, as condutas poderão se configurar como crimes de corrupção passiva, peculato, improbidade administrativa e lavagem de dinheiro.

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