A ministra das Relações Institucionas, Gleisi Hoffmann, tem se referido ao projeto da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro com outros termos.
Em conversas reservadas, segundo líderes partidários da Câmara, a ministra da articulação política tem chamado a proposta de “PL de liberdade do golpe”.
Gleisi, como vem mostrando a coluna Igor Gadelha, tem atuado para barrar o avanço da proposta na Câmara. Ele tem procurado deputados de partidos da base para ponderar o impacto de uma possível aprovação do projeto.
Apesar da articulação da ministra, o líder do PL, Sosténes Cavalcante (PL-RJ), conseguiu as 257 assinaturas mínimas e protocolou o requerimento de urgência do projeto na segunda-feira (14/4).
Dos 264 deputados que assinaram o requerimento, 146 são de partidos que possuem pelo menos um ministério no governo Lula, de acordo com levantamento feito pela coluna.
Como a coluna noticiou, ministros do STF procuraram auxiliares e interlocutores de Lula na área jurídica na semana passada para reclamar de uma declaração dada por Gleisi relacionada à anistia.
Em entrevista na quinta-feira (10/4), Gleisi disse considerar “plenamente defensável” a discussão sobre redução de penas a civis condenados pelo 8 de Janeiro e que o debate pode feito pelo Congresso Nacional.
A fala caiu mal no Supremo. Segundo apurou a coluna, ao menos três ministros da Corte procuraram auxiliares de Lula para reclamar. Eles classificaram a fala como um “absurdo”.
Após a reação do STF, Gleisi usou as redes sociais para enfatizar que as eventuais revisões de penas podem até ser discutidas pelo Congresso e pela sociedade, mas que o ato em si cabe “única e exclusivamente” ao Supremo.
Fonte: Metrópoles
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