Para os amantes de castanhas que chamavam o tal fruto de ‘Castanha-do-Pará’, sinto em informar, pois essa discussão teve um fim. Os deputados da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) bateram o martelo: é Castanha-da-Amazônia!
Apesar da brincadeira, o tema é tratado com seriedade. A nova nomeação contribui para o desenvolvimento sustentável e geração de renda para populações tradicionais e comunidades extrativistas, além de estimular práticas sustentáveis de manejo da castanha.
Ou seja, apesar da rivalidade entre os nomes, o ponto forte debatido foi a valorização da biodiversidade dos produtos regionais amazônicos, bem como normas técnicas e de vigilância sanitária.
A mudança pode se tornar oficial, pois o texto foi aprovado na sessão plenária de 2/4 e seguiu para a sanção do governador Wilson Lima.
O projeto de lei N. 913/2024, do deputado estadual Sinésio Campos (PT), propõe o uso do nome ‘Castanha-da-Amazônia’ para identificar, promover e valorizar o produto regional da castanheira Bertholletia excelsa e sua cadeia de produção e/ou valor no Estado do Amazonas.
A Sedecti será responsável pela regulamentação, fiscalização e certificações dos produtos que utilizarem o termo Castanha-da-Amazônia.
Há cerca de 50 anos, o nome ‘castanha-do-pará’ surgiu porque o Pará foi o primeiro Estado a exportar o fruto. Toda castanha descia de Manaus, do Acre e ia até Belém, de onde seguia para o restante do país.
Mais tarde, passou a ser chamada de castanha-do-Brasil para identificação no exterior.
Com o tempo, Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima e Amapá se tornaram grandes produtores. O Amazonas passou a produzir mais que o Pará, surgindo então a castanha-da-Amazônia.
Mas afinal, qual o termo certo? Todos estão certos! Quem consome pode chamá-la do que preferir.
Fonte: Rede Onda Digital
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