Lideranças de partidos do chamado Centrão avaliaram que o ato liderado por Jair Bolsonaro neste domingo (6/4), em São Paulo, em prol da anistia aos condenado pelo 8 de Janeiro foi mais forte do que as manifestações anteriores.
Para caciques do bloco, a principal diferença do protesto na Avenida Paulista em relação ao do Rio de Janeiro, ocorrido em 16 de março, foi a presença de governadores, alguns deles com pretensões de disputar a Presidência da República.
Na avaliação de lideranças do Centrão ouvidas pela coluna sob reserva, a presença de sete governadores foi mais relevante que a disputa pelo tamanho do público presente, que, segundo a USP, teria sido de aproximadamente 45 mil pessoas.
Além de representarem seus estados, os governadores presentes representavam cinco partidos de direita e centro. Algumas dessas siglas, inclusive, ainda resistem em apoiar, na Câmara, o PL da Anistia, apesar de apoios isolados em sua bancadas.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), apesar de dizer apoiar a pauta da anistia, não compareceu à manifestação do domingo na Avenida Paulista, em razão das fortes chuvas que atingem seu estado no fim de semana.
Outro ponto destacado por caciques de partidos do Centrão foi o tom adotado pelo pastor Silas Malafaia contra o atual presidente da Câmara dos Depurados, Hugo Motta (Republicanos-PB), até então poupado pelo religioso nos outros atos.
Na visão das lideranças do bloco, Malafaia “dá o tom” das manifestações. E. desta vez, o pastor evangélico elegeu Motta como um de seus focos, o que pode prejudicar a relação entre a bancada do PL na Câmara e o chefe da Casa Legislativa.
Fonte: Metrópoles
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