A bancada deve discutir candidaturas alternativas para a eleição de 2026. No Senado, o partido segue apoiando a base do governo.
Parlamentares do PDT deixam a base do governo Lula na Câmara dos Deputados

Segundo anúncio do líder do Partido Democrático Trabalhista (PDT) na Câmara, Mário Heringer (MG), na terça-feira (06), a bancada política vai deixar a base aliada do governo Lula (PT). A decisão ocorreu após o pedido de demissão do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, por conta das investigações sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A bancada está autorizada a apoiar Comissão Parlamentar de Inquérito (CPIs) sobre as fraudes no INSS, desde que o escopo da investigação parlamentar seja “ampliado para 2019, para convocar ministros e secretários do governo anterior, com nomes citados no inquérito, e indicação expressa para que a Polícia Federal faça uma apuração a partir de tal data”.
Ainda segundo o líder pedetista, o problema de relacionamento com o governo “já vem de muito tempo”, mas a decisão da bancada não é retaliativa. “Não entramos em caminho de vingança. Nossa posição é de independência.”
A nomeação de Wolney Queiroz, ex-deputado pedetista e o então número 2 na pasta, como o novo ministro, foi foi tratada como “pessoal do presidente” pelo PDT, já que não foi consultado a respeito.
Diálogo
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse respeitar o posicionamento da bancada do PDT e que, nos próximos dias, pretende se reunir com a bancada para tentar reverter a decisão.
No Senado, a bancada do PDT divergiu da bancada do partido na Câmara e afirmou que seguirá na base do governo. A escolha foi unânime entre os três senadores do partido: Weverton Rocha (MA), líder do grupo, Ana Paula Lobato (MA) e Leila Barros (DF).


