Segundo a PF, crimes como homicídio qualificado e tortura foram cometidos contra indígenas e ribeirinhos da região
13 pessoas são indiciadas após investigação sobre Massacre do Rio Abacaxis

Após quatro anos de investigação, treze polícias militares estaduais foram indiciados pelos oito homicídios e diversos abusos cometidos nos arreadores do rio Abacaxis, nos municípios de Borba e Nova Olinda do Norte, Amazonas, em agosto de 2020.
Segundo a Polícia Federal (PF), os crimes foram praticados contra ribeirinhos e indígenas no interior do estado durante a operação “Lei e Ordem”, deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública e Polícia Militar.
Durante a operação, os militares teriam praticado inúmeros abusos, como ameaça, tortura, violação de domicílio e homicídio.
Ainda de acordo com a PF, duas autoridades exerciam a função de comandar as graves violações de direitos humanos, dificultando que agentes públicos de outras instituições acompanhassem o caso. Assim, garantiam que os 11 executores não fossem investigados ou punidos.
Os investigados foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado, destruição, subtração ou ocultação de cadáver, vilipêndio a cadáver, constituição de milícia privada, fraude processual e tortura.
Em nota, a Polícia Federal informou que continua monitorando os riscos aos habitantes da região do Rio Abacaxis, em conjunto com outras agências e instituições públicas.


