Aldenor Lima recua, diz que vai assinar ‘CPI dos Empréstimos’, mas impõe condição: Rodrigo Guedes deve ser investigado

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Confusão entre parlamentares foi parar na Polícia Federal

Após as trocas de farpas com o vereador Rodrigo Guedes (Progressistas), o vereador Aldenor Lima (União) recuou e anunciou que irá assinar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar os empréstimos bilionários concedidos à gestão do prefeito David Almeida (Avante). No entanto, ele impôs uma condição: Guedes também deverá assinar uma nova CPI, proposta por Aldenor, que tem como alvo o próprio gabinete do colega parlamentar.

Anteriormente, Aldenor havia declarado que não assinaria a CPI dos empréstimos por motivos pessoais. Segundo o vereador, Rodrigo Guedes teria financiado, com dinheiro público, ataques virtuais contra seu filho, o que levou o caso à Polícia Federal na última terça-feira (8).

Na mesma noite, Aldenor utilizou suas redes sociais para anunciar a mudança de posição. Ele afirmou que irá apoiar a CPI de Guedes, mas cobrará reciprocidade com a abertura de uma nova investigação no Legislativo.

“Assinarei a CPI sobre os empréstimos da prefeitura, mas também desafiei o vereador Rodrigo Guedes a assinar a CPI que eu irei propor, que vai investigar o gabinete dele, a verba de gabinete e o cotão utilizado para pagar uma empresa fantasma, utilizando dinheiro público para fazer fake news contra o meu filho Joaquim”, afirmou Aldenor em sua conta no Instagram.

A reviravolta ocorreu poucas horas após ele reiterar, na sede da Câmara Municipal de Manaus (CMM), que não assinaria a “CPI dos empréstimos”. A nova proposta de CPI de Aldenor tem como objetivo apurar a existência de um suposto “gabinete do ódio” responsável por ataques virtuais contra seu filho, que, segundo o parlamentar, teria sido financiado por Rodrigo Guedes.

Entenda o caso

O embate teve início quando Aldenor foi questionado se apoiaria a CPI proposta por Guedes. Em resposta, disse que não assinaria a proposta devido a questões pessoais. Ele acusou o colega de ter financiado publicações ofensivas contra seu filho, que tem síndrome de Down.

Após a acusação, Rodrigo Guedes convocou uma coletiva de imprensa na sede da Polícia Federal para se defender.

Guedes negou qualquer envolvimento com o financiamento de publicações que tivessem o objetivo de atingir o filho de Aldenor. Ele afirmou que sua relação com Luis Brasil — apontado por Aldenor como responsável pelos ataques — se limitava à prestação de serviços à sua equipe parlamentar.

O embate ganhou contornos ainda mais graves quando ambos os vereadores anunciaram que vão pedir a cassação um do outro.

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